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Outubro 2011 / Número 14 / ESPECIAL 10º ANIVERSÁRIO

Março 2005 / Número 01



Outubro 2011 / Número 14 / EDIÇÃO ESPECIAL DO 10º ANIVERSÁRIO

 



O SACATAR COMEMORA SEU DÉCIMO ANIVERSÁRIO!

 

Esta estória bem sucedida, que passo a contar, não tem nenhuma intenção documental-científica de ser História, mas na verdade é uma colcha de muitos retalhos de memórias e uma homenagem que eu, Augusto Albuquerque, presto à generosa iniciativa de criar esse espaço dedicado à arte, no seu sentido mais amplo, e à cultura. É a minha maneira de reconhecer a importância de tudo o que foi feito e de dizer muito obrigado.

 

Augusto Albuquerque, Gerente do Instituto Sacatar

Nossa narrativa começa ainda no século passado, numa região montanhosa e isolada conhecida como SACATAR no Condado de Kern, Califórnia, Estados Unidos.   Lá pela primeira vez nossos personagens começaram a sonhar com a idéia de criar uma residência artística.

     

Inicialmente pensaram em iniciar essa atividade lá mesmo em Sacatar nos Estados Unidos…

…mas então pesquisaram e se deram conta de que mais de uma centena de instituições funcionavam lá, algumas desde o século XIX.
 

E então Taylor, que já tivera na adolescência a experiência de viver em Natal, no Rio Grande do Norte, resolveu aprofundar a pesquisa e soube que naquela altura ainda não havia no Brasil nenhuma residência artística em funcionamento.

 

          

Daí, a decisão de transplantar a idéia do Sacatar para o território brasileiro.
 
“Eu vivi muitos anos em meio à extraordinária cultura da Bahia e senti que a generosidade e coragem dos Baianos em assimilar referências externas e re-interpretá-las sob a ótica de sua própria herança cultural era uma lição que os artistas de todos os cantos do mundo deveriam aprender para tornar as suas próprias culturas um pouco mais ricas. Os baianos têm essa capacidade de transformar e reinventar a sua própria cultura.”
 
Taylor Van Horne
Presidente do Instituto Sacatar
 

E para onde então levariam essa proposta? – Para a Bahia, onde mais?!  E então rumaram para cá para providenciar todos os preparativos para começar a aventura. Aquele nome estranho da região montanhosa na Califórnia – que poderia muito bem ser uma palavra em Sânscrito, Japonês ou qualquer outro idioma – batizou o programa de residência.

     

A primeira missão foi procurar um lugar especial que pudesse abrigar artistas, muita criatividade e muitos sonhos!
 
A procura começou por Salvador e atravessou a Baía de Todos os Santos, prosseguindo pela ilha de Itaparica. – Era preciso achar o lugar perfeito!
 

Ao mesmo tempo Mitch, que já tivera experiências como artista residente, começava a pesquisar e refletir sobre esse projeto.

E se perguntava:
 

– Qual modelo adotaremos para construir um residência genuinamente brasileira????

 

        

Apesar de muitos esforços e várias tentativas nossos heróis não conseguiram achar um lugar que atendesse às expectativas e que também estivesse à venda.  Mas eles não desistiram do sonho.
 
De volta aos Estados Unidos, ao participar de uma festa em Hollywood, Mitch ficou sabendo de uma propriedade que estava sendo vendida por um americano em Itaparica: A Quinta Pitanga.
 

Ora, não se tratava de uma casa qualquer. Era a antiga Casa de Férias Santa Therezinha, construída por D. Henriqueta Martins Catharino na década de 50, do século XX, para atender às alunas da instituição que criara: o Instituto Feminino da Bahia.

 

 

D. Henriqueta Martins Catharino na entrada da então Casa de Férias Santa Terezinha, 1955

 

E então ao chegar nesse lugar especial a identificação foi instantânea.

Era perfeito! Muita coisa precisava ser feita e refeita, mas a localização, as dimensões e as possibilidades encantavam.
 

Uma vez definido onde seria a sede da Sacatar Foundation Brasil, o que fazer? Qual o primeiro passo nessa missão tão complexa? Na Bahia, fazer um CARURU. É claro!

        

Que melhor maneira de agradar a São Cosme, São Damião e todos os santos da Bahia, senão reunindo amigos em torno deste magnífico prato da culinária baiana. Energia para o corpo e para os espíritos.
 

Em 2001 os primeiros residentes começaram a chegar e a equipe entrou no clima dos artistas. Um “despacho” artístico foi providenciado e as musas e os deuses da arte vieram juntar-se, definitivamente, ao panteão místico da Bahia.

 

   


PATRICIA CHAO
(EUA, NOVEMBRO, 2001)

Eu fiz parte do primeiro grupo de Residentes do Sacatar que chegou a Itaparica, Bahia, no mês seguinte ao atentado às Torres Gêmeas em 11 de setembo de 2001. Sair de uma cidade saturada pela fumaça e partir para uma praia ensolarada e florida, com macacos pulando de galho em galho nas árvores, foi uma experiência surreal, uma bênção… O romance que eu estou escrevendo atualmente é ambientado em parte no Brasil. Eu presto uma homenagem à magia que eu vivenciei na temporada que passei no Sacatar, a incrível beleza da paisagem, a música contagiante, rituais de candomblé, toda a escuridão e luz.

JANE COFFEY (EUA, NOVEMBRO, 2001 / JUNHO, 2004 / JULHO, 2010)
Era outubro de 2001 quando eu saí de Nova Iorque para uma residência no Sacatar. Eu estava em um estado de limbo criativo. Foi o povo ao meu redor que ajudou a restaurar a minha fé no valor da arte. O tempo que passei no Sacatar mudou a minha vida, meu trabalho e, sem dúvida, o meu coração.

JANE INGRAM ALLEN (EUA, JANEIRO, 2002)
A oportunidade de trabalhar com a população local e colaborar com outros artistas de diferentes disciplinas, fez da minha experiência no Sacatar extremamente gratificante e também inspirou futuros projetos em outros países, ajudando a expandir minha carreira e a intensificar o meu foco em trabalhos comunitários.

SIGITAS STANIUNAS (LITUÂNIA, SETEMBRO, 2002)
A possibilidade que me foi dada de trabalhar e criar em Itaparica surtiu um enorme impacto em meu desenvolvimento artístico. Até hoje lembro, sinto, cheiro e vejo as cores, os sons, a natureza, as paisagens, que eu experimentei enquanto estive em Itaparica.

E então mão à obra!

   

 
A Casa Nova, um prédio de apoio aos funcionários, foi a primeira construção de uma série ainda em curso.
 

Os 9.000 metros quadrados de área à beira mar tornaram-se uma tela em branco para ser preenchida com o talento do nosso arquiteto-mor.

     

 

Os artistas vinham chegando e aprendendo que na Bahia se trabalha muito, mas é preciso entrar no clima e achar o ritmo certo.  E à medida, em que pegavam o ritmo, verdadeiros prodígios começaram a acontecer:

    

        

Nevou no Sacatar, Milagres aconteceram, O circo chegou e Tesouros “arqueológicos” foram descobertos;

 

JACQUELINE BOUCHARD (CANADÁ, AGOSTO, 2007)
Em Itaparica, eu fiquei fascinada pelos rituais do Candomblé. Realizei uma instalação com pipoca, que no Brasil tem um significado espiritual. No Candomblé a pipoca é utilizada como um meio de purificação.
INÊS RAPHAELIAN (BRASIL, JANEIRO, 2003)
Antes de tudo… INESQUECÍVEL! O desdobramento de meu trabalho partiu desta experiência e colho os frutos até hoje. Meu trabalho tomou um rumo novo, um campo vasto de possibilidades a partir do que aconteceu durante a residência em diversos níveis – pessoal e profissional.

Em Itaparica, Inês iniciou uma escavação arqueológica fictícia, encontrando os restos de extintas linguagens de computador, o que foi motivo de grande consternação da prefeitura de Itaparica, que continua a receber consultas internacionais sobre estas escavações. Inês fez descobertas adicionais em outros lugares ao redor do mundo desde seu trabalho pioneiro realizado em Itaparica, em 2003.
PAT OLESZKO (EUA, JUNHO, 2008)
Eu estava possuída, POSSUÍDA pelo companheirismo dos meus inspiradores colegas artistas residentes, as deusas múltiplas do mar, areia, ilha e clima evanescente, a efervescência persuasiva dos baianos com suas celebrações surpreendentes, sua música, sua dança e seu amor à vida… Choramos na despedida.BE WARD (AUSTRÁLIA, JUNHO, 2008)
Eu acredito que são experiências, como a minha residência no Sacatar, que dão às pessoas criativas, como eu, a inspiração, as conexões e a confiança para ir mais longe e mais fundo em nossa busca para compartilhar nossos trabalhos com o resto do mundo, da maneira mais potente e eficaz possível.

Depois de estarem juntos em residência, Pat Oleszko criou e deu vida a um boneco gigante, que celebrou o casamento de Be Ward na Argentina.

DAVID POZNANTER (EUA, JUNHO, 2008)
Em Itaparica eu aprendi a respirar e a preencher o meu trabalho com vida e cor. Eu joguei Capoeira na praia todos os dias com os adolescentes locais, fiz vídeoarte com eles, ensinei-lhes a fazer malabarismos e colaborei para o desenvolvimento de um projeto circense em uma escola primária local… Ao deixar Itaparica, eu me mudei para a República Dominicana para implementar uma companhia de circo por um ano. Eventualmente, eu trouxe dois acrobatas de Itaparica até a República Dominicana para trabalhar com a nossa companhia. Com a ajuda deles, nós integramos a Capoeira e a percussão brasileira ao nosso show.

Após David deixar a República Dominicana, os dois jovens de Itaparica continuaram a executar o programa que ele havia implantado.

A praia do Sacatar passou a ser galeria, passarela, pauta, e palco pelo qual desfilaram as mais diversas manifestações artísticas.

 

DANIEL GWIRTZMAN (EUA, NOVEMBRO, 2003)
Tudo foi harmonioso em minha residência no Sacatar: a intimidade partilhada com os outros residentes; a generosidade da equipe do Sacatar; o intercâmbio com os moradores de Itaparica e Salvador e o esplendor da Bahia. Ter a liberdade de explorar a natureza por um período ininterrupto foi um presente sem precedentes.
MELANIE BAKER (EUA, NOVEMBRO, 2003)
Itaparica continua em meu coração e eu amo evocar o cais, os pavões, Xid (ainda filhote), os pássaros na cozinha, os caranguejos andando de lado na areia, mas acima de tudo, a generosidade e o calor do povo que fez tudo isso se tornar possível.

        

Todos espaços foram sendo utilizados e as ações transbordaram até pela vizinhança.

    


SOLANGE LIMA
(BRASIL, DEZEMBRO, 2005)
www.festivalilhadeitaparica.com
Comovida pela carência e ao mesmo tempo pela riqueza cultural da Ilha de Itaparica, eu tive a ideia de um festival cultural de rua. A primeira edição do Festival Cultural de Rua da Ilha de Itaparica (FESTIT) foi realizada nos dias 10 e 11 de dezembro de 2010, com o apoio de muita gente e também do Instituto Sacatar.

Solange, após a sessão de residência no Sacatar, comprou uma casa na ilha de Itaparica, onde ela vem se aquecer durante o inverno na França – local que vive durante o resto do ano. Em 2012, ela realizará a segunda edição do FESTIT.
 
“O Instituto Sacatar, vem oferecendo aos associados (crianças, jovens e adultos) da Oficina a oportunidade de participar de ações culturais e o contato com artistas de vários países aprendendo atividades que podem proporcionar alguma fonte de renda. Podemos citar, por exemplo, o espetáculo Renascimento do bailarino e coreógrafo Daniel Gwirtzman.”

Omara Silvia da Conceição Santos
Presidente Fundadora da Oficina de Artes
 

 

LA SHAWNDA CROWE-STORM (EUA, OUTUBRO, 2005)
Minha estada no Brasil foi muito proveitosa, uma verdadeira lição de vida. O projeto comunitário desenvolvido com os alunos da Escola João Ubaldo Ribeiro continua a ser um componente central de minhas discussões públicas sobre como desenvolver projetos baseados na comunidade e sobre o papel do artista como catalisador. Como em todas as experiências, é com o passar do tempo e com a distância que podemos enxergar e absorver completamente o impacto que algo tão poderoso quanto uma experiência transcultural criativa pode exercer sobre a nossa vida e a nossa perspectiva do mundo.

 
Alguns dos nossos foram eternizados pela arte,

     

 

VICKY SHUKUROGLOU (AUSTRÁLIA, DEZEMBRO, 2005)

Taylor e Mitch tiveram o prazer de nos informar que fomos o primeiro grupo formado por um artista de cada continente e às vezes nós nos perguntamos o quanto isso influenciou nossas dinâmicas e calorosas discussões ao redor da mesa, em nossas caminhadas, com a comunidade ou “no mar”… A complexidade e profundidade das impressões deixadas pelo tempo que passei no Sacatar permanecem em mim; suas cores e formas não diminuíram ou estagnaram-se. Estas memórias de troca, partilha e abundância continuam a influenciar da forma mais vital o meu trabalho atual e as oficinas que eu conduzo. As exposições, residências e outros projetos com os quais me envolvi desde então, foram enriquecidos pela minha experiência no Sacatar.

LUCIO GREGORETTI (ITÁLIA, DEZEMBRO, 2005)
Minha maneira de enxergar o meu trabalho mudou um pouco, e para muito melhor, graças à atmosfera mágica do lugar e as pessoas da ilha também. Não tem um piano de cauda no estúdio para os compositores, mas o mundo incrivelmente mágico ao redor compensa, e muito.

ERMAN GONZALEZ (CUBA, AGOSTO, 2006)
Minha experiência no Sacatar marcou uma virada que eu estava procurando em minha vida. O Sacatar me proporcionou paz, introspecção e tempo livre, fora de minha corrida rotina diária, e cinco anos depois eu ainda me sinto privilegiado por ter tido esta experiência.

 

2005 foi o ano da grande virada e a Fundação Sacatar virou Instituto Sacatar, num esforço para aproximar-se ainda mais da comunidade baiana, e, desde então, juntaram-se a nós neste esforço – como conselheiros – Viga Gordilho, Eneida Sanches, Dílson Midlej, Cícero Antônio, Sabrina Gledhil, Justino Marinho e Sérgio Guedes. As transformações não pararam. Daí por diante as imagens falam.

 

     

     

     

     

     

     

 

ERSI SOTIROPOLOUS (GRÉCIA, AGOSTO, 2006)

O Sacatar é a melhor residência na qual eu já estive: um paraíso para os artistas e escritores em uma paisagem magnífica que levam à concentração e interação. O lugar ainda está vivo dentro de mim: as cores mutantes, as manhãs em meu estúdio, a beleza do povo da Bahia.

BERND LICHTENBERG (ALEMANHA, OUTUBRO, 2006)
Para mim Itaparica é uma ilha mágica, assim como o Sacatar é um lugar mágico, especialmente por causa da hospitalidade das pessoas. O Sacatar é o lugar que trouxe de volta a minha serenidade. Muito obrigado por tudo!

MICHAEL LOWENTHAL (EUA, FEVEREIRO, 2008)
Eu nunca me senti tão inspirado a escrever, e escrever bem, do que quando eu estive no Sacatar, porque o lugar e seu povo eram tão bonitos que eu me sentia sempre cheio de vontade de criar algo que pudesse honrar tamanha beleza.

YUMI KORI (JAPÃO, FEVEREIRO, 2008)
Quando eu estava no Sacatar em Itaparica eu tive os dois meses mais produtivos de minha vida.

SCOTT “XICOTE” BARTON (EUA, AGOSTO, 2008)

O Sacatar mudou a trajetória de minha vida. Após minha residência, eu me matriculei em um programa de doutorado para continuar o projeto iniciado no Sacatar sobre os alimentos sagrados e profanos como marcas de identidade cultural no Nordeste do Brasil.

HANNAH MORRIS (EUA / ÁFRICA DO SUL, AGOSTO, 2008)
Estas lembranças saltam à minha consciência: trabalhando no estúdio sob o balançar dos coqueiros e ouvindo a zoada chatinha das campanhas eleitorais, coletando materiais nos sebos de Salvador (e quase desmaiando com o belo estado das revistas brasileiras da década de cinquenta), sentando nas salas das senhoras centenárias de Itaparica com Rogério Andrade de Barbosa para captar as suas histórias, soltando papagaio com as crianças num creche de jovens em risco em Salvador, explorando a Chapada Diamantina com um novo amigo baiano…Há 5.000 outras pequenas memórias que povoam esta experiência que mudou a minha vida.  Iniciei uma nova direção na minha carreira, incorporando animação e colagem; produzi um livro infantil para brasileiros de todas as idades (e estabeleci contatos com editoras brasileiras) e desenvolvi contatos (artísticos, românticos, platônicos—muitos que ainda fazem parte do meu dia a dia). É difícil acreditar que tudo isto aconteceu em apenas dois meses. Mas isto é a natureza do Brasil e foi o Sacatar que abriu este caminho para mim.

DANY LERICHE & JEAN MICHEL FICKINGER (FRANÇA, AGOSTO, 2009)
Lembramo-nos dos homens carregando aves em gaiolas, das casinhas com cores diferentes, dos Exus no mercado de São Joaquim, da noite com os eguns e nosso encontro com o candomblé—eventos que nos motivaram a seguir rumo ao Benin, Togo, Haiti, Cuba… a muitos mundos desconhecidos… Descobrimos a importância da espiritualidade na Bahia e começamos uma série de fotografias sobre o assunto. Franceses como Pierre Verger e Roger Bastide já haviam aberto o caminho, mas nós não os conhecíamos antes do Brasil. Nós conhecemos muita gente interessante e tivemos experiências incomuns que nos transformaram e transformaram o nosso futuro.

 

Dando seguimento ao processo de estruturação do espaço físico, construímos dois novos estúdios em 2010: um estúdio de dança (especialmente importante porque todos dançam na Bahia) e um estúdio para compositores. A partir daí passamos a ter sete estúdios e cinco quartos com suíte, que nos deram grande flexibilidade na atribuição de espaços.
 
“A Alliance of Artists Communities parabeniza o Sacatar pelo 10º aniversário. O Sacatar surgiu como um líder em sua área de atuação por seu compromisso em propiciar um ambiente inspirador e estimulante aos artistas e por desafiar as outras residências artísticas a analisar a necessidade de engajamento cultural entre os artistas e as comunidades. Nós desejamos a evolução contínua e a manutenção da liderança do Sacatar nas próximas décadas.”
 
Caitlin Strokosch
Diretora Executiva

Alliance of Artists Communities
www.artistcommunities.org
 

“Do fundo do meu coração, eu gostaria de parabenizá-los pelo 10º aniversário do Sacatar! Como o tempo passa rápido! Eu me lembro das primeiras conversas com Taylor e Mitch sobre a maravilhosa idéia de criar uma residência artística no Brasil. Fiquei tão comovida pela motivação de ambos em iniciar uma residência no Brasil, feita para artistas brasileiros (e outros artistas internacionais), dirigida por brasileiros… Eu fiquei muito feliz em poder visitar e ver o Sacatar com os meus próprios olhos. É tocante o compromisso de ambos, assim como de todos os que trabalham no Sacatar. A propriedade está situada em um local deslumbrante, com vista para o mar. Os belos estúdios e as outras instalações projetadas por Taylor são incríveis! Os artistas se sentem em casa, pois são bem tratados e encontram tudo do bom e do melhor: belos espaços de trabalho e apartamentos, uma boa biblioteca e saborosas refeições. Funcionários extremamente comprometidos dão todo o suporte possível, apresentam os residentes a artistas locais, membros da comunidade ou quaisquer outros contatos que eles precisem. Acima de tudo, os residentes podem conhecer outros artistas, assim como Taylor e Mitch – os visionários que criaram e puseram em prática o sonho de compartilhar o Sacatar com os outros. Que inspiração melhor um artista poderia precisar! Um grande abraço a Taylor e Mitch e vamos torcer por muitos outros aniversários do Sacatar!”
 
Maria Tuerlings
Fundadora

Transartists
www.transartists.nl

REVITAL FALKE (ISRAEL, OUTUBRO, 2010)
Eu fui a primeira israelense que foi para esse lugar incrível, à beira-mar, durante dois meses mágicos. Lá eu me tornei a melhor amiga de um Iraniano, que eu nunca poderia conhecer de outra forma. (É proibido para os israelenses viajar a qualquer país árabe e vice-versa.) Sou grata por esta experiência e jamais vou esquecê-la.

ANA TEIXEIRA (BRASIL, JANEIRO, 2011)
Hoje, de volta a São Paulo, passados cinco meses do final da residência, ainda me vejo imersa em ideias que surgiram em Sacatar, e estas idéias estão se concretizando aos poucos, sendo ainda frutos do tempo estendido que vivi em Itaparica.

FELIPE LARA (BRASIL, JUNHO, 2011)
A herança cultural de Itaparica, seus personagens e histórias são uma fonte de inspiração não apenas para os projetos realizados na residência, mas para toda a vida.

Muitos amigos vieram e emprestaram alegria, beleza e astúcia. Alguns chegaram e foram…

Apenas Santa Terezinha continua, desde o princípio, presente assistindo a tudo. Só que agora na companhia de Cosme e Damião.

 

     

Hoje, já decorridos 10 anos ininterruptos de funcionamento, depois de receber mais de 200 artistas no programa por eles idealizado,  depois de ter dado à Bahia mais essa primazia, temos  ou não motivos para estar felizes?

 

Taylor Van Horne e Mitch Loch na varanda da sede do Sacatar

 

Nós gostaríamos de agradecer a todos os Residentes do Sacatar que colaboraram enviando declarações e fotos para a Edição Especial do Jornal Sacatar em comemoração ao Aniversário de 10 anos do Instituto Sacatar: Ana Teixeira, Ariel de Bigault, Be Ward, Bernd Lichtenberg, Dagmar Binder, Daniel Gwirtzman, Dany Leriche, Erik Goengrich, Erman, Ersi Sotiropoulos, Etienne Yver, Felipe Barros, Felipe Lara, Giovana Dantas, Hannah Morris, Inês Raphaelian, Jacki McInnes, Jacqueline Bouchard, Jane Coffey, Jane Ingram Allen, LaShawnda Crowe-Storm, Lucimar Bello, Lucio Gregoretti, Maggie Smith, Marcio Harum, Mari Ogihara, Maureen Fleming, Melanie Baker, Michael Lowenthal, Muthukrishnan Ramalingam, Pat Oleszko, Patricia Chao, Raminta Serksnyte, Rasoul Abbasi, Revital Falke, Roy Staab, Sandro Pimentel, Scott Barton, Sicelo Zibuqu, Sigitas Staniunas, Solange Lima, Sophie Preyveraud, Vicki Shukuroglou, Yoko Inoue, Yumi Kori e Zahra Beigi.

 

As imagens aqui utilizadas são, predominantemente, do arquivo do Sacatar feitas por seus diretores, funcionários e residentes. As imagens aéreas da região do Sacatar foram extraídas do Google Earth. Agradecemos a Ana Angélica Alves pelas fotos do arquivo de família.

Gostaríamos de agradecer também a todos aqueles que já fizeram e fazem parte dos Conselhos Diretores do Instituto Sacatar e da Sacatar Foundation: Cícero Antônio, Dilson Medlij, Eneida Sanches, Felicia Filer, Gila Kessin, Helen Miller, Justino Marinho, Marcelo Thomaz, Sabrina Gledhill, Sergio Guedes and Viga Gordilho.

 
 

O nosso agradecimento também à extraordinária equipe do Sacatar: Alex Esquivel, Anderson, Antonio, Dete, Edson, Márcia, Patrício, Raimundo, Reginaldo, seu José e a todos aqueles que já fizeram parte deste time.

Mitch e Taylor deixam um grande abraço e agradecem especialmente a Augusto Albuquerque, cujo entusiasmo e compaixão nos inspiram em tudo o que fazemos!