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Março 2005 / Número 01



Junho 2013 / Número 18

 


Performance da Fellow Néle Azevedo com esculturas de gelo em Itaparica, Bahia © 2013, Fred Martin

INSCRIÇÕES ABERTAS!


DANÇARINOS E COREÓGRAFOS RESIDENTES NOS EUA TÊM ATÉ 16 DE SETEMBRO DE 2013 PARA SE CANDIDATAR A UMA BOLSA DO SACATAR

Estão abertas as inscrições para dançarinos/coreógrafos residentes nos EUA (americanos natos e residentes legais) através de um programa especial, resultado de parceria inédita entre o Instituto Sacatar e Dance/USA Philadelphia, uma filial da Dance/USA — organização americana de apoio à dança profissional que oferece recursos, serviços, apoio jurídico e oportunidades de colaboração à comunidade da Dança da Filadélfia, EUA. Artistas podem se candidatar individualmente ou em pequenos grupos de até três dançarinos. O prazo final de inscrição é 16 de setembro de 2013.

O Sacatar premiará até oito artistas através desta parceria, concedendo oito semanas de residência em sua sede à beira mar na ilha de Itaparica, Bahia. Os selecionados receberão ainda:• Passagem aérea de ida e volta entre os EUA e Salvador, Bahia• Suíte individual para cada selecionado• Uso exclusivo do estúdio de dança• Refeições• Apoio logísticoCada candidato selecionado residente na Filadélfia terá direito ainda a um auxílio financeiro no valor de USD $ 1.000,00 (mil dólares) vindo do Dance/USA Philadelphia.

Para maiores informações, acesse nossa página em Inglês, clicando em APPLICATION e em seguida em SACATAR FELLOWSHIPS 2014 IN DANCE AND CHOREOGRAPHY.

 



3° FESTIT – FESTIVAL DE RUA DE ITAPARICA

 

 

A ex-Fellow SOLANGE LIMA (Brasil > França, 2005) realizou entre os dias 19 e 21 de abril a 3ª edição do Festival Cultural de Rua da Ilha de Itaparica (FESTIT) criado por ela. Apesar do nascimento recente de sua filhinha, Naara, a nossa brava artista mostrou toda sua garra e, muitas vezes carregando a sua linda neném, deu conta do recado, coordenando todas as atividades do festival. Mais uma vez o evento foi muito bem realizado, envolvendo artistas de diversas modalidades e origens com pessoas e instituições da comunidade, contando também com a participação de alguns dos artistas então residentes no Sacatar.

 

A honra de abrir o festival coube ao nosso residente, o francês Fred Martin, com sua performance de denúncia ecológica a respeito do descarte de lixo. Ele rolou pelas ruas de Itaparica uma enorme escultura esférica feita de madeira, palha e cipós, e com a participação de alunos das escolas locais colocou todo o lixo encontrado dentro da grande bola. Trapezistas, palhaços, mágicos, acrobatas e grupos que pesquisam e resgatam tradições nacionais trouxeram brilho e alegria para o centro da Velha Itaparica e nem a chuva que insistiu em cair afastou o público que prestigiou o eventos nos seus três dias. O festival trouxe também para a ilha apresentações musicais e praticantes deslackline, que encantaram o público com suas manobras radicais.

 

No último dia do FESTIT, a residente brasileira Néle Azevedo realizou mais uma performance com seus monumentos mínimos e efêmeros em gelo, desta vez aprisionados em uma grande “gaiola de pescar siris” de bambu e rede de nylon feita por Jósa, um artesão local. Também no último dia do festival, o pintor português Daniel Melim encenou sua peça teatral baseada na lenda Tupinambá sobre a origem de KIRIMURÉ, a Baía de Todos os Santos.

 

A 3ª edição do Festival de Arte de Rua de Itaparica (FESTIT)  contou com o patrocínio do Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FUNCEB) e com o apoio de diversas instituições locais, dentre elas o Instituto Sacatar.

 



SESSÃO DE FEVEREIRO/ABRIL DE 2013

 

Veja abaixo um resumo das atividades de nossos residentes do grupo passado. Para saber mais sobre as experiências destes e de outros Fellows, contadas em suas próprias palavras, basta acessar a página ALUMNI e clicar no nome do artista.

 

 
Daniel em frente à Igreja do Senhor do Bonfim © 2013, Caroline Leite


DANIEL MELIM
(Portugal)
O pintor da Ilha da Madeira veio ao Sacatar realizar pinturas sob encomenda de pessoas que quisessem agradecer por alguma graça alcançada, resgatando à sua maneira a tradição dos riscadores de milagres, que faziam pinturas como ex-votos para agradecer por graças alcançadas. Daniel foi algumas vezes a Salvador e, em frente à Basílica do Senhor do Bonfim (o mais tradicional templo baiano), escutou histórias das graças alcançadas por populares e as traduziu sob o formato de pinturas. Ele também recolheu pedidos no centro de Salvador na Praça da Piedade. A idéia do Fellow não era vender as obras, mas trocá-las por algo que as pessoas tivessem ou pudessem realizar. Essas trocas permitiram que o artista recebesse serviços de fotografia, filmagem e até tecidos por seus trabalhos. Tais tecidos foram usados mais adiante pelo residente, que se aventurou no teatro de marionetes e criou a peça que foi apresentada durante a 3ª edição do FESTIT, com a colaboração da bonequeira baiana Caroline Leite.

 

FRANÇOISE CHOVEAUX (França)
A compositora clássica Françoise Choveaux veio ao Sacatar com a intenção de criar novas composições e trabalhar em colaboração com a Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA), com a orquestra juvenil NEOJIBA e com a Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Durante a residência, com a contribuição do Conselheiro Sérgio Guedes, ela conseguiu estabelecer contato com todas as instituições almejadas. Compôs sob encomenda de cada um destes parceiros e deixou sementes para futuras colaborações. A colaboração com a UFBA permitirá, inclusive, que a residente retorne à Bahia, ainda em 2013, para ministrar aulas no curso de Mestrado da Escola de Música.

 


Fred Martin e o Batismo de terra durante o 3° FESTIT © 2013, Augusto Albuquerque

 

FRED MARTIN (França)
O artista visual francês Fred Martin veio ao Sacatar pensando em interagir fisicamente com a natureza e os elementos naturais de Itaparica, assim como com pessoas da comunidade. Partindo desta idéia inicial, o residente deu seguimento a um de seus projetos anteriores à residência: oBatismo de terra. Este projeto consistiu em mergulhar na argila, que ele trouxe da comunidade oleira tradicional de Maragojipinho, o rosto ou qualquer outra parte do corpo de uma pessoa, de forma que ficasse o seu molde. O Fellow, então, fazia o que chamava de “máscaras” feitas em gesso, a partir de tais moldes. Fred teve tempo ainda de criar esculturas em argila, desenhos e algumas esculturas em madeira, uma delas utilizada na performance realizada nas ruas de Itaparica para  a abertura da 3ª edição do FESTIT. Clique no link a seguir para ver as esculturas criadas pelo artista, e queimadas na Olaria do Mocambo, Itaparica, durante sua estada no Sacatar:http://martinfred.blogspot.com.br/

 

LINDA FRANKE (Alemanha)
Para a sessão no Sacatar, Linda pretendia criar um vídeo de ficção científica a partir da edição de filmagens realizadas em localidades da ilha que ela conhecesse durante a residência. A Fellow também tinha a intenção de entrevistar moradores de Itaparica. Entretanto, a artista acabou abandonando o projeto inicial e se dedicando a um documentário. Mesmo com as barreiras linguísticas encontradas, Linda conseguiu levantar material suficiente para o seu traballho, que será editado após a residência.

 


Oficina de desenho ministrada por Néle Azevedo © 2013, Linda Franke

 

NÉLE AZEVEDO (Brasil)
Antes de chegar à Bahia, a artista visual Néle Azevedo pretendia trabalhar com a comunidade. Entretanto, ela optou por retomar o projeto Monumento Mínimo, uma série de performances com pequenas estátuas de gelo. A diferença do que foi realizado durante a residência para as performances anteriores é que aqui a Fellow experimentou novas técnicas e novos materiais, como urucum e lama de mangue, que agregou ao seu trabalho. Várias performances foram feitas na praia e uma delas aconteceu no Mercado Municipal de Itaparica, durante a 3ª edição do FESTIT. Em paralelo, Néle realizou oficinas de desenho com materiais alternativos em uma escola local.

 

SCOTT WALLACE (EUA)
Durante a residência no Sacatar, o escritor americano Scott Wallace trabalhou nos dois projetos que pretendia: um roteiro baseado em seu livro The Unconquered, e um novo livro sobre o seu avô, um aventureiro que, assim como o Fellow, desbravou a Amazônia. A estada na Bahia o inspirou a começar seu roteiro com uma cena de abertura na costa brasileira no início do século XVI. Scott escreveu ainda um artigo para a National Geographic, que foi publicado tanto em Inglês quanto em Português, na edição de abril de 2013.

 

Open Studio Day
Na tarde do dia 19 de abril de 2013, Daniel, Linda, Françoise, Fred, Néle e Scott abriram as portas de seus estúdios para a comunidade baiana e aproximadade 40 visitantes vieram conferir de perto os trabalhos realizados durante a sua residência no Sacatar.

 


SESSÃO DE MAIO/JUNHO DE 2013

O atual grupo de artistas chegou no dia 06 de maio e vai ficar até 1° de Julho de 2013. Três deles chegaram ao Sacatar através do UNESCO/Aschberg Bursary Programme:


– Em Artes Visuais, a fotógrafa lituana, VILMA SAMULIONYTE

– Em Literatura, a poeta neozelandesa, MAGNOLIA WILSON

– Em Música, a compositora e vocalista nigeriana, VERONNY ODILI.

 

O romancista TENDAI HUCHU, nascido no Zimbábue e residente na Escócia, está no Sacatar através de uma parceria com o Africa Centre, na Cidade do Cabo, África do Sul.

 

A artista visual brasileira NERIZE PORTELA, de Minas Gerais, recebeu o Prêmio Sacatar de Residência, concedido pela Bienal do Recôncavo, promovido pela Fundação Dannemann em São Félix, Bahia, Brasil.


Fechando o grupo, temos DANIEL GWIRTZMAN, de New York, EUA, que está em sua segunda residência no Sacatar.

 

 

Há dez anos, Daniel criou uma ambiciosa performance, Renascimento, que incluiu dançarinos profissionais e amadores, crianças e idosos. Um dos destaques deste trabalho foi um comoventepas-de-deux, no qual Danny dançou com Silas, um menino de nove anos de idade. “Foi muito bom trabalhar com um profissional como Danny. Eu não sou um profissional, mas eu vou ser um.”, contou Silas após a apresentação. Dez anos se passaram e Danny reencontrou Silas. Hoje ele está com 19 anos e estuda comunicação em uma universidade em Salvador, um feito notável (infelizmente) para um menino de ilha. Danny e Silas pretendem trabalhar em colaboração mais uma vez, mas ainda não sabem bem de que forma. Para saber um pouco da primeira passagem do residente pelo Instituto, basta clicar em ALUMNI e acessar a página do residente.

 


 


Público na IV Mostra Internacional de Portfólios VISIO © 2013, Alex Esquivel

MOSTRAS DE PORTFÓLIOS VISIO

Definitivamente as mostras de portfólios dos residentes do Sacatar, evento realizado em parceria com o Coletivo VISIO, consagraram-se como um sucesso. Nos dias 28 de fevereiro e 16 de Maio  de 2013 foram realizadas, respectivamente a 3ª e 4ª edições da Mostra Internacional de Portfólios VISIO, ambas no auditório do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM). 

Os Fellows da sessão de fevereiro apresentaram seus trabalhos e projetos para a residência no Instituto e interagiram com a comunidade artística soteropolitana, que respondeu muito positivamente, criando algumas colaborações que influenciaram muito as suas realizações ao longo da sessão. Nesta última edição (que contou com um bom público, apesar da greve dos rodoviários deflagrada naquele dia), além das tradicionais  conversas e projeções de imagens, pudemos assistir às performances da cantora e compositora nigeriana Veronny Odily, que interpretou uma das suas canções, e do coreógrafo  norte-americano Daniel Gwirtzman, que apresentou um dos números do espetáculo Encore da sua companhia de dança.Essas mostras de portfólios foram possíveis graças à iniciativa da Conselheira Eneida Sanches e da inestimável parceria com a artista e diretora do Atelier Coletivo VISIO, Andrea May, além do apoio do MAM, que graciosamente cedeu o espaço para a realização do evento, já manifestando a mesma disposição para a 5ª edição da mostra a ser realizada em julho.

Todos os nossos atuais residentes estão ávidos por interagir com artistas locais e trabalhar dentro da rica cultura baiana. Encontre mais detalhes sobre eles em nosso Press Release disponível para download na página IMPRENSA. Tem interesse em colaborar com algum deles? Entre em contato conosco através do e-mail info@sacatar.org ou pelo telefone (71) 3631-1834.

 


BEM-VINDO, EMANUEL!

 


Emanuel, primogênito do ex-funcionário Luis Oliveira © 2013, Michel Durocher

 

Recebemos recentemente uma grande notícia vinda do Canadá: o nascimento de Emanuel César, primeiro filho de Luis Oliveira, funcionário do Instituto entre os anos de 2007 e 2009, e sua mulher Marisa. Luis foi morar no Canadá há aproximadamente quatro anos e não demorou a constituir família. “Cheguei sozinho e em menos de 3 anos, sou uma família”, conta Luis.

 A paternidade talvez seja o maior exemplo de altruísmo, virtude que, com certeza, caracteriza Luis. Emanuel está em boas mãos… Seja bem-vindo Emanuel César! Parabéns Luis!

 


NOTÍCIAS DE NOSSOS FELLOWS

A Dena Foundation em Paris, França, recebeu amostras de 120 vídeoartistas e selecionou 18 para participar uma mostra paralela a uma exposição no Palais de Tokyo, também em Paris. Dentre os selecionados estão três ex-residentes do Sacatar: NICOLÁS TESTONI (Argentina, 2008), CLAUDIA JOSKOWICZ (Bolívia, 2012) e MAYA WATANABE (Peru, 2012). Nicolás e Claudia vieram à Bahia graças à parceria do Instituto Sacatar com a VideoBrasil. Essa é uma boa indicação da qualidade dos artistas que vêm para a Bahia. Da mesma forma, a Rockefeller Foundation selecionou o ex-residente do Sacatar MARCOS ZACARIADES (Brasil, 2007 Sacatar Fellow para a Taipei Artist Village), em meio a vários outros artistas sul-americanos, para uma sessão de residência em Bellagio, Itália. Marcos viaja para a Itália em setembro.

Segue uma pequena amostra da diversidade de atividades desenvolvidas pelos artistas que já passaram pelo Sacatar, que inclui projetos iniciados durante as suas residências. Lamentamos não poder publicar todas as notícias, mas gostamos de saber das novidades de nossos ex-Fellows. Não deixem de manter contato! Clique no nome dos residentes abaixo para acessar suas páginas ALUMNI em nosso site, onde você encontrará depoimentos sobre as suas experiências no Sacatar.

 

AMY ‘CATFOX’ CAMPION (EUA, 2012) e sua companhia de dança Antics, composta porbreakdancers extraordinariamente talentosos, realizaram em 07 de junho de 2013 uma apresentação de dança baseada no mito de Gilgamesh com coreografia da ex-Fellow. A performance aconteceu no Ford Theater, em Los Angeles, Califórnia, EUA. Como um brinde especial e inesperado, antes da apresentação, Amy realizou a projeção de seu novo vídeo Street Dance Orixás, filmado durante sua residência no Sacatar. O filme de 15 minutos tem uma trilha sonora hipnotizante composta por ERNESTO DIAZ (México, 2012), que Amy conheceu durante sua estada no Sacatar. Taylor Van Horne, fundador do Instituto Sacatar, e a também ex-residente LINDA YUDIN (EUA, 2012) estiveram na plateia no evento.

 

ANDREIA PINTO-CORREIA (Portugal, 2006) teve a estréia de suas obras tocadas pela Gulbenkian Orchestra nos dias 11 e 12 de abril de 2013. A performance ocorreu no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian e teve a regência da Maestrina Joana Carneiro. 35 minutos para orquestra completa! O também compositor e ex-residente DEREK BERMEL (EUA, 2007) estava presente na plateia. Este ano, Mitch Loch, o presidente da Sacatar Foundation, esteve em Lisboa e impressionou-se pelo fato que muitos dos diretores de instituições portuguesas já conheciam o Sacatar através das experiências da Andreia.

 


Every Building on Avenida Alfonso Ugarte – After Ruscha © 2011, Claudia Joskowicz

 

CLAUDIA JOSKOWICZ (Bolívia, 2012) estará com a exposição Intesections aberta ao público até 23 de junho de 2013 no LMAKprojects, New York, EUA. A instalação é composta de vídeos e fotografias de seu projeto Every Building on Avenida Alfonso Ugarte – After Ruscha. O trabalho é uma exploração da paisagem urbana da cidade de El Alto, em seu país de origem, a Bolívia, nas interseções entre a vida cotidiana e os acontecimentos históricos que ressoam na memória coletiva daquela cidade e do país como um todo.

 

 

DANY LERICHE e JEAN MICHEL FICKINGER (França, 2009) voltaram recentemente de uma residência na antiga embaixada francesa em Fez, Marrocos, onde realizam uma exposição entre os dias 17 de maio e 17 de junho de 2013 com fotos tiradas durante o Festival of Black Divinities no Togo.

 

DEREK BERMEL (EUA, 2007) apresentou três de seus trabalhos no dia 26 de abril de 2013 no BAMcafé durante o Crossing Brooklyn Ferry, um festival na Brooklyn Academy of Music (BAM), New York, EUA, com curadoria de Bryce e Aaron Dessner da banda americana The National.

 

 

FELIPE GÓES (Brasil, 2012) teve seu trabalho paisagem: tempo em suspensão em exposição durante a segunda edição do projeto ArtePraia 2013, na Casa da Ribeira, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil, entre os dias 10 e 12 de maio de 2013. O projeto ArtePraia foi financiado pelo 9º Programa Rede Nacional FUNARTE Artes Visuais, Ministério da Cultura, Governo Federal.

 

GERALD CYRUS (EUA, 2002 e 2011) participará da exposição coletiva A Gathering of Imagesentre os dias 7 de junho e 10 de agosto de 2013 na Leica Gallery, New York, EUA.

 

 

GIOVANA DANTAS (Brasil, 2007 e 2010) teve sua exposição Insustentável Leveza selecionada em dois editais bastante concorridos da Caixa Cultural 2013, para São Paulo e Pernambuco. A mostra é composta por uma vídeoinstalação, que é o resultado da última residência artística de Giovana no Instituto Sacatar, em 2010. A escritora americana JAMIE DIAMOND (USA, 2010), vista no cartaz, participou na época como modelo nas filmagens.

 

 

J MICHAEL WALKER (EUA, 2011) anuncia que a University of California, Los Angeles (UCLA) adquiriu o seu trabalho em lápis de colorir City in Mind: A Lyrical Map of the Concept of Los Angeles, que a partir de agora fará parte de suas Coleções Especiais. A obra será instalada na Powell Library, no campus da UCLA, ainda em 2013. Este mapa ilustrado foi criado em 2011 para a exposição realizada por Libros Schmibros no Hammer Museum, onde Susan Anderson, Curadora das Coleções Especiais UCLA, interessou-se por sua aquisição.

 

 

JOSEPH CAVALIERI (EUA, 2011) apresentará sua nova série de vitrais com técnica silk screen na exposição individual Strong Women Bright que acontecerá no Dixon Place, New York, EUA, entre os dias 5 e 22 de junho de 2013. As obras apresentam retratos de mulheres fortes no conceito de Cavalieri: desde a rainha Elizabeth II, passando por Jackie O, Maude (também conhecida como Bea Arthur) e até a drag queen Lady Bunny. http://www.dixonplace.org/html/gallery.html

 

KITSO LELLIOTT (Botsuana, 2012) estreará o seu trabalho Transatlantic Saudades em uma galeria no centro de Johannesburg, África do Sul, no mês de outubro de 2013. Transatlantic Saudades, que se tornou mais uma instalação do que um filme, é inspirado e incorpora o poema de mesmo nome escrito pela também ex-residente do Sacatar MAJA KLARIC (Croácia, 2012) durante sua estada na Bahia.

A Galeria do Instituto Goethe em Salvador, Bahia, exibirá entre os dias 7 e 22 de junho de 2013 a exposição Na Latitude dos Cavalos Afogados da fotógrafa KRISTIN CAPP (EUA, 2004). A mostra reúne o trabalho realizado pela artista na Namíbia e no Brasil. As imagens compõem uma narrativa não linear da vida rural, das comunidades e de paisagens nos dois países. As obras no Brasil mostram remotos povoados da Ilha de Itaparica, obras arquitetônicas de Oscar Niemeyer e também impressões de cavalos abandonados no recôncavo baiano.

 A visitação será aberta ao público de segundas a sextas das 09h às 18h30 e aos sábados das 09h às 13h.

 

LAURI LYONS (EUA, 2008) participou do Visually Speaking: Women Image Makers no dia 29 de abril de 2013. Visually Speaking é uma série de debates destacando a obra de seletas fotógrafas, cujas imagens testemunham inúmeras culturas, cenários e mentalidades. Delphine Fawundu, Miriam Romais e Laylah Amatullah Barrayn foram as demais fotógrafas que se juntaram a Laurie Lyons nesta conversa. A série teve a curadoria do também fotógrafo Terrence Jennings e foi moderada por Grace Anezia Ali, fundadora da Of Note Magazine.

 

Projeto Like a Stone © 2013, Pinar Yolacan

 

 

 

 

PINAR YOLACAN (Turquia, 2006) teve um artigo sobre o seu trabalho Like a Stone publicado no The Huffington Post, www.huffingtonpost.com, e no Slate, www.slate.com, no mês de março de 2013. Like a Stone centra-se sobre o corpo feminino, mas não os das modelos de biquíni, que vivem nos meios de comunicação. Pinar tenta, nesta série, passar a impressão de que as mulheres fotografadas são estatuetas feitas de pedras de diferentes tipos: mármore, ouro, obsidiana (um tipo de vidro vulcânico) e argila.

RASOUL ABBASI (Irã, 2010) tem mantido contato com os outros residentes de sua sessão CHU FANG SHIAO (Taiwan, 2010), REVITAL FALKE (Israel, 2010) e especialmente JACKI MCINNES (África do Sul, 2010), a quem pede muitos conselhos sobre suas obras. Nos dois últimos anos o músico realizou performances no Irã, na França, na Índia, na Áustria e na República Checa e teve também duas exposições fotográficas. “Está ficando difícil cobrir as despesas aqui apenas com meu trabalho com música, assim eu tenho dedicado a maior parte do meu tempo a projetos de fotografia”, afirma Rasoul.

 

 

ROY STAAB (EUA, 2006) realiza a exposição When Art Belongs in Nature de 2 de junho até 11 de agosto de 2013 na Alfons Gallery em Milwaukee, EUA. A foto utilizada no convite é de seu trabalhoSacatar Mandala, realizado durante sua sessão de residência no Instituto Sacatar.

 

SOPHIE LECOMTE (França, 2004) convida todos a visitar o Jardin de Sensations no maravilhoso jardim do Musée Albert Kahn em Paris, França, de 29 de maio até 6 de junho de 2013.

 

VIGA GORDILHO (Brasil, 2004) foi selecionada pelo edital 031/2012 – Apoio a Publicação e Tecnologia – da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Baia (FAPESB) com o seu projeto O Vestido Fuxiqueiro, realizado durante sua residência no Instituto Sacatar. Viga Gordilho foi conselheira do Instituto e a primeira artista baiana selecionada para uma sessão de residência no Sacatar, com o projeto coletivo Tecido do Corpo Social, que teve a participação dos artistas residentes à época: CELIA DE VILLIERS (África do Sul, 2004), SOPHIE LECOMTE (França, 2004),GEMA HOYAS FRONTERA (Espanha, 2004) e ANA MARIA SILVA (Brasil, 2004).

 


 

CONHEÇA AUGUSTO


Saiba quem é Augusto Sérgio Albuquerque Soares, 42 anos recém completos, Gerente Administrativo do Instituto Sacatar, e conheça um pouco de sua história no Instituto, assim como suas ideias e sugestões para o futuro do programa de residência artística.



Augusto Albuquerque, Gerente do Sacatar © 2012, Alex Esquivel


Alex Esquivel:
O que levou você, que é advogado, a vir trabalhar no Sacatar como Gerente Administrativo?
Augusto Albuquerque: A possibilidade de mudança na forma de vida foi uma coisa que me seduziu. A ideia de trabalhar na ilha de Itaparica, morando em Itaparica e podendo conhecer pessoas inteligentes e criativas, foi uma coisa que me fez migrar da advocacia para esta nova carreira. Inclusive já trabalhando no Sacatar eu fui convocado para assumir uma vaga como Delegado de polícia, em um concurso público que eu havia feito antes, e não fui. Optei por ficar e acho que fiz uma boa escolha.

 

AE: Você faz parte da equipe do Sacatar já há 10 anos. Lembra-se ainda de seu primeiro contato com a propriedade, com o programa de residência e com os artistas? Qual foi a sua primeira impressão do Sacatar?
AA: A primeira vez que eu estive no Sacatar foi em junho de 2002, quando eu vim conversar com a então Diretora Administrativa do Instituto. A minha impressão do lugar foi maravilhosa. Eu me encantei, achei o lugar fantástico. Meu primeiro contato com os residentes foi apenas no mês de janeiro de 2003, quando eu efetivamente comecei a trabalhar no Sacatar.

 

AE: Com certeza muita coisa mudou no Instituto desde a sua chegada. Quais as mudanças mais significativas, em sua opinião? Quais são aquelas que você pode classificar como marcos na história do Sacatar?
AA: Eu destaco as construções que foram feitas ao longo desse período valorizaram muito a propriedade e também trouxeram outro nível de conforto e melhores condições de trabalho para os artistas. Afinal de contas, hoje há cinco estúdios que foram construídos especificamente para os residentes, visando atender as necessidades próprias de cada disciplina artística.

 

AE: A equipe de funcionários mudou muito? Como você avalia o serviço prestado pela equipe do Sacatar aos Fellows e ao Instituto?
AA: A equipe teve algumas mudanças. O número de funcionários mudou (diminuiu), mas a excelência dos serviços prestados a gente continua se empenhando para permanecer a mesma.

 

AE: Com relação aos residentes, quais os que você considera inesquecíveis? Em que eles marcaram você e/ou o Sacatar?
AA: Eu não vou falar de um Fellow, mas do trabalho realizado por um deles: a apresentação que o compositor RAHUL ANAND (Bangladesh, 2008) fez na Reserva dos Milagres baseada na história do Wenceslau Monteiro. Foi tudo muito bonito, tudo muito especial e não tem como ser descrito. Só quem viveu a experiência realmente sabe a dimensão e a força daquela obra de arte, que foi apresentada numa noite de lua cheia em meio à mata atlântica.

 

AE: Este trabalho de Rahul Anand, em sua opinião, pode ser considerado um exemplo de projeto bem sucedido e plenamente exequível por um residente, dentro dos limites impostos pela realidade do Sacatar e da ilha de Itaparica?AA: Não há um modelo de projeto ideal. E o que é bacana aqui é exatamente essa capacidade que os artistas têm de nos surpreender com as propostas que eles trazem. Às vezes aquilo, que a gente sequer imaginou, pode ser feito e ter resultados surpreendentemente positivos. Eu acho que a energia criativa é o grande “X” da questão.

 

AE: Como você avalia a participação de brasileiros no programa de residência do Sacatar? Temos recebido brasileiros em um número satisfatório?
AA: O número de brasileiros participantes aumentou bastante, mas eu acho que ainda está aquém do que pode ser. O artista brasileiro talvez ainda não esteja atento para esta possibilidade de participação em um programa de residência como o do Sacatar, mas aqueles que participaram reconhecem o valor e a importância que teve, nas suas vidas profissionais, essa experiência.

 

AE: Sabemos que não é fácil manter um programa de residências no Brasil. Atualmente o Sacatar é majoritariamente financiado por sua mantenedora, a americana, Sacatar Foundation. O que você pensa sobre a questão da auto-sustentabilidade do Instituto Sacatar? Estamos longe de atingir este objetivo?
AA: O Sacatar é uma residência de referência no mundo, a primeira residência brasileira criada única e exclusivamente com esta finalidade, e esta primazia eu acho que deveria ser mais valorizada pelo empresariado baiano, que poderia sim dar um suporte para garantir a continuidade dos serviços que são prestados pela instituição. Mas, infelizmente, grande parte dos nossos empresários continua agindo como se Salvador não fosse a terceira capital do país, e como se não dispusessem de recursos, possibilidades ou até mecanismos fiscais para poder adotar uma atitude mais proativa no sentido de estimular a cultura dentro do estado. As relações com o Governo da Bahia têm aprofundado suas raízes, os laços têm se estreitado, mas eu acho necessário que se comece a criar mecanismos de estímulo a ações como as que são desenvolvidas pelo Sacatar.

 

AE: E como você avalia a relação atual entre o Sacatar, enquanto instituição privada sem fins-lucrativos, e os governantes de Itaparica? Qual o grau de envolvimento da prefeitura no programa de residência do Sacatar?
AA: A relação do Sacatar para com a comunidade procura ser a mais generosa possível. Contudo, instituições sem fins lucrativos não tem o tratamento merecido dentro das estruturas políticas brasileiras e aqui em Itaparica não é diferente. Eu acho que deveria haver uma isenção de tributos para essas instituições, sobretudo aquelas que forem consideradas de utilidade pública. Lamentavelmente, sequer há um mecanismo fiscal desta natureza aqui em Itaparica. Conseguimos levar ações e benefícios gerados por projetos propostos por artistas do Sacatar a membros da comunidade, principalmente estudantes da rede pública e outros munícipes. Mas esta, infelizmente, não tem sido uma via de mão dupla.

 

AE: Para finalizar, como você avalia o futuro do Sacatar e de seu programa de residências? O que falta alcançar? Você se vê fazendo parte deste futuro?
AA: Precisamos dinamizar a angariação de novas parcerias. Eu acho que através das parcerias vai se garantir a manutenção do programa. Acredito também que nós tenhamos que estar cada vez mais atentos aos editais públicos que são abertos e tentar submeter projetos que possam ser financiados. Eu acredito que o programa de residências do Sacatar vai continuar sendo referência dentro do país e dentro do universo das residências internacionais. Quanto ao futuro, não sei se daqui a uma semana vou estar vivo, mas gostaria de continuar fazendo parte dessa história.